Album: Morro Seco Mas Não Me EntregoPerseguição ImplacávelHomens acizentados, invadiram minha casa como samurais Pela porta frontal e paredes laterais Eu avisto minha janela Pois ela é o portal para a liberdade Como uma sombra viva fujo com facilidade Criaturas noturnas olham-me estranhamente Com um sorriso louco, demente Sonho pesadelo ou ilusão, não sei Só sei que nesta situação, fuga é a solução Mas não posso me render Sou um caçador de manos perdidos da metrópole Um santo longe do altar da acrópole A borracha o papel e a caneta Será que estão atraz de mim por causa da Minha bombeta ou serão minhas rimas minhas letras Na cabeça lembranças Da minha casa dada de herança Nela moravam eu e meu cão sós Onde antes moravam, minha mãe meus irmãos meus avôs Mas desço o morro ladeira abaixo Minhas pernas estão cansadas Preciso chegar lá embaixo, Não sei se serei capaz Tento olhar só para frente Mas de cinco em cinco segundos Não me seguro, olho para traz É lua cheia, o sangue corre mais forte nas veias Algo está errado algo está mau Do que adianta agora ser eu o negro X e tal..... Minha paz foi quebrada minha casa tomada Passo pela baia dos meus manos Não entro é madrugada Enxergo vultos, escuto passos Por todos os lados, não sei o que faço Bateu o cansaço, não posso morrer Código morse B.A.Z..E
Começamos a fuga em dupla Afinal somos irmãos resolvemos assumir a culpa A luta, era impossível São muitos tantos que tomam o morro, socorro não adianta Negócio é fugir, ficar vivos, sempre em movimento Afinal somos dois dos cinco elementos Não, não posso estar morto a família é extensa a situação é tensa, Vejo luzes por todos os lados, está minado o campo A solução está na frente, entramos no tampo E o pior é que o mês, era de agosto Quando a chuva é intensa e está cheio o esgoto Lodo, até o pescoço, por todos os lados Rato, barata, aqui também é mato, sem água com frio, O lodaçal cada vez está mais acima Passamos algum tempo transformando tudo isso em rima Mas sobre a cabeça, o barulho não passa Mais um carro é parado na marra Lanterna na cara, o som é alto Da Guedes não para Atracam pessoas que não tem culpa A pergunta é a mesma e a resposta desculpa Não sei não vi, não conheço nenhum desses tal de mc Caminha aqui não é fácil, o caminho se estreita míope após um palmo X pega a direita a esquerda é meu lado Espiões estão a espreita II cadê meu aliado Mais isso perdido eu não sei se tem outro tampo por aqui A luz que eu vejo está bem longe, Será na praça na tuca ou aonde As horas passam como anos a outra vem depois A saudade é forte do feijão do arroz da minha casa na Rócio........ Um barulho se aproxima a minha arma não deve funcionar Um toco vem na mão ele quem vai me ajudar Mas resolvo perguntar, quem? Não responde e se aproxima seguro firme o pedaço de pau X X Negro x e tal, Por aí não à saída tudo fechado área restrita Os caras tão sabendo que é nós dois na lida Abrimos o tampo e algo estranho acontece Ao colocar os olhos para fora a vista escurece algemas aparecem Tirados a socos e pontapés Colocados de costa na parede do seu Zé Sobre pressão o interrogatório começa 30 homens e só nós estão com muita pressa Sinto uma pistola na nuca e outra na testa Infelizmente para nós Mc´s é o que resta Mas não preferimos o azul do céu na boca sinto o féu Mas nunca vão saber da caneta e do papel.................